Trabalhar com brilho nos olhos é o que faz a Psicanalista Ariane Salomão, de Indaiatuba, que atende a adultos a partir dos 18 anos com atendimento clínico online.
Ariane guia seu trabalho, principalmente, pela ética da psicanálise que é sustentada pelo tripé: analise pessoal, supervisão e estudos teóricos. “Quero que meu setting seja um espaço para que o discurso apareça sem medos. É o espaço do analisante, não o meu”, diz.
Ela tem 31 anos e é natural de São Paulo, sendo formada em Psicanálise pelo curso de formação da Escola de Psicanalise de Curitiba (EPC). Ela ainda tem um curso extra de Manejo Clinica da Transferência e Estruturando Casos Clínicos.

Ela atua, sobretudo, com a orientação Freud-Lacaniana. “Aqui você encontra um espaço que é seu e livre de julgamentos morais de qualquer tipo. É seu tempo e seu momento de construir um saber sobre si”, defende a psicanalista.
Amor pela Psicanálise
Ariane cresceu em Indaiatuba, dos seis aos 20 anos, tendo retornado ao município há três anos. Ela faz análise pessoal há sete anos e desde o início se apaixonou pela práxis, mas não a via como uma profissão possível.
Até porque Ariane era graduada em Publicidade e Propaganda. “Atuei em comunicação por 15 anos, então era muito difícil largar algo que havia escolhido”, justifica.

Porém, há alguns anos Ariane via que profissionalmente não fazia mais sentido continuar na mesma área, não se enxergava praticando o oficio com 50 anos, mas também não se via aposentando.
Uma das coisas que a fez ver que precisava mudar foi entender que a publicidade tirava das pessoas, não dava a elas. “Eu precisava convencê-las de que o desejo era necessidade, não estava certo para mim”, ressalta.
Outro ponto foi que seu marido, também psicanalista, sempre estava com os olhos brilhando sobre o estudo, sobre seus pacientes e ela sentia falta disso. “Não sabia se teria um dia”, lembra.
Até que subitamente tudo ficou ainda mais cinza. “Me vi em um vazio e meu marido me provocou a atuar com a psicanálise, pois eu já estudava muito com ele. Maturei um pouco a ideia e escolhi. Para mim foi a melhor coisa que fiz e hoje vejo sentido no que faço e no que busco”, reconhece com gratidão.
Ressignificação
O que a fez buscar análise pessoal, quando tomou a decisão na vida, foi não saber quem era. “Então tudo o que diziam servia, me levantava, me derrubava. Naquele espaço eu construí o saber sobre mim e partir dali me entendi, ressignifiquei, joguei fora o que não servia e passei a gostar mais de mim”, analisa.

Esse Novo Eu que ela transmite para seus analisantes é o que a psicanalise representa para ela. “Quando você não sabe sobre si, qualquer coisa vai servir. E aquilo que não vem pela ordem da palavra, sai pela ordem das ações e vira sintoma”, acredita.
Desafios e conquistas
Ser uma nova pessoa, atuando em uma área diferente, não significa ser livre de desafios, muito pelo contrário, eles ainda são muitos. “Acredito que que os altos e baixos financeiros são mais impactantes, mas lido melhor hoje do que antes, pois, para mim, significa bancar uma escolha, bancar o que quero”, ressalta.
Hoje uma das suas maiores conquistas atuando na psicanálise é ter seus analisantes e ver sua clínica crescendo cada vez mais. “Cada mudança, transformação, atravessamento, nossa, me enche de alegria e, por eles, eu busco me aprimorar e estudar cada dia mais”, expressa.
Diferencial
Por vir da Comunicação ela aprendeu muito a beber de diversas fontes e a se manter atualizada sobre o mercado. “Levo isso para a psicanálise e não acredito que alguma área se beneficie quando não articula com outras”, defende.

Seu diferencial é principalmente essa articulação que lhe permite uma visão de mundo diferenciada, o que impacta na escuta e na sua atuação em clínica. “Hoje estudo sobre gerações, músicas, cinema, transtornos e seus tratamentos, sociologia, filosofia e a própria comunicação que impacta diretamente em como a sociedade se movimenta”, destaca.
Além disso, Ariane veio de uma família sem recursos e, durante sua trajetória, passou por necessidades, chegando a ficar sem moradia.“Atravessei muitas coisas, sofri tantas outras e, de alguma forma, isso me direcionou para onde estou hoje”, recorda.
De acordo com ela, a psicanálise é sobre a vida, mas a vida não é sobre psicanálise. “E a vida, meus queridos, não é doce. Para muitos de nós ela será amarga, azeda e teremos que batalhar pelo açúcar”, pondera.
Para ela, isso não é uma romantização ao sofrimento, mas foi o que ela atravessou e teve que ressignificar. “E de forma alguma viveria tudo novamente”, reconhece com maturidade.
Projetos e participações
Depois de um 2024 marcado por desafios e mudanças, neste momento Ariane está bastante focada em sua clínica e, muito em breve, estará com um curso aberto voltado a conteúdo para profissionais da área. “Dá para aprender muitas coisas em 15 anos e quero passar esse conhecimento para estes profissionais”, adianta.

Ela e seu esposo tem uma produtora de conteúdo psicanalítico, a DM Desenvolvimento Humano. Eles ainda promovem o grupo de estudos “Sociedade de Terças”. “São projetos muito importantes, pois, une psicanalistas éticos para a construção do saber e transmissão da psicanálise”, informa.
“Mais encorajamento e menos sabotagem”, para finalizar Ariane deixa um conselho às mulheres. “Compare seu crescimento com você e com suas possibilidades, isso não significa que não deva ultrapassar seus próprios limites, mas que quando nos comparamos acabamos gastando energia com algo que não é nosso e isso só pode resultar em fracasso”, aconselha às mulheres.
Serviço – Siga @arianesalomao.psicanalista no Instagram para conferir dicas e novidades. Agendamentos pelo WhatsApp (011) 9 6895-5361.