O que fazer após os 60 anos? Enquanto muitas mulheres vão desacelerando ao longo dos anos, a controladora de Tráfego Aéreo Lucia Helena Rodrigues da Cunha, de 62 anos completados no último dia 20 de abril, decidiu pisar firme no acelerador e viver sua vida de forma ainda mais intensa, fazendo o que mais gosta de fazer, ou seja, viajar. Toda essa mudança em sua vida ela narra com detalhes em dois vídeos seus no seu Instagram, que passou ser intitulado @veiaeamae.

Natural de Uberaba, no Estado de Minas Gerais, Lúcia Helena tem dois filhos e um neto, mora em Indaiatuba desde 2007 e trabalha como controladora de tráfego aéreo no Aeroporto Viracopos, em Campinas, há 20 anos. Mesmo aposentada decidiu continuar trabalhando, porque antes ela tinha medo de não saber o que fazer na vida. “Adoro meu trabalho, ficar naquela torre maravilhosa, costumo dizer que o meu escritório é o mais lindo do mundo”, disse ela, que se define como muita agitada e que não gosta de ficar parada.
“Sou jovem há mais tempo, há bem mais tempo, hoje estou sentindo que a minha vida mudou”, disse ela, sentindo que a ansiedade passou e está mais disposta, isso ela disse depois de passar uma noite trabalhando e no dia seguinte ainda ter energia para gravar os vídeos para o seu Instagram e falar dos novos planos.

Toda essa mudança ganhou mais força e inspiração depois de ter participado em março deste ano, durante um fim de semana, da 2ª Edição do Encontro de Mulheres Viajantes, que aconteceu em São Paulo, no qual reuniu mais de 600 mulheres de vários lugares. No evento ela foi impactada por histórias de mulheres de todas as idades, algumas de mais idade que ela, que percorrem o mundo em aventuras. “Mudou a minha vida, minha cabeça, minha disposição, me fez entender que tenho toda uma vida pela frente para inclusive inspirar outras mulheres. As Mulheres Viajantes são mulheres livres e empoderadas”, garante.
Enquanto espera o mundo voltar à normalidade, ela vem contando no seu Instagram sobre a rotina dela, falando sobre seus medos e projetos, tem mostrado suas viagens passadas. Ela visitou ao todo 30 países, que ainda considera muito pouco. “Ainda tenho muito a conhecer”, afirma.

De acordo com ela, a viagem mais fantástica em termos de conhecimento, aprendizado e mudança de hábitos foi para a índia e muitas cidades lá a encantaram. “Como Varanassi, uma cidade considerada sagrada, onde os Indianos vão se banhar no Rio Ganges, é o Caos, mas a paz que senti lá é inexplicável. Tem também Kajuraho onde ficam os templos do Kama Sutra. Agora as praias mais bonitas foram as de Curaçau, principalmente Kenepa Grandi.

Outra viagem marcante para ela foi a que fez com os filhos para a Itália, que foi uma viagem considerada de amor. “Viajamos pela Itália de carro em família e com um amigo do meu filho. Nos aproximamos muito”, relata. “Outra cidade que passei algumas horas e que vou voltar para passar uns dias é Assis, na também na Itália, cidade onde nasceu São Francisco, Santa Clara e mais um monte de santos, também sensações incríveis de paz espiritual e amor”, relata. Uma das cidades que ela também mais gostou foi Cape Town na África. “Lindíssima , moderna, segura.”, considera.


E o que ela pretende fazer após esses meses de quarentena em casa. “A primeira coisa que quero fazer é uma reunião com as pessoas que amo, meus irmãos, tios, sobrinhos, primos e amigos, para abraçar muito e depois voltando a trabalhar na minha empresa e no Controle de Trafego aéreo que adoro, e nas férias, viajar muito. Quero conhecer Israel, Camboja, Vietnã”, faz planos.

Para as mulheres que tem sonhos de viajar o mundo como ela, Lúcia Helena deixa como conselho. “Temos que sonhar sempre e correr atrás e o principal: dedicação total e muito foco”, ensinamentos que ela mesma vem utilizando em sua vida, em diversas fases, seja para qual objetivo for, desde comprar uma casa, montar uma empresa e até mesmo a programação de uma viagem.

Agora por exemplo, ela nos revela que está surgindo na cabeça dela a vontade de ir conhecer o Everest, ir à base e ficar acampada uns dias por lá. “Dizem que é muito difícil, então eu começo a pesquisar para ver a possibilidade, pois tenho uma pequena restrição física para caminhadas. Se for possível, fico com a ideia martelando na minha cabeça até chegar a hora de investir no sonho”, conta ela o processo. Após a viagem, lembre-se de nos enviar as fotos e nos contar a como foi experiência.
